5 de dezembro de 2010

CONVERSANDO COM VOCÊ

Ainda falando de fartura, tenho uma recordação da minha infância, quase cinematográfica.
Nós morávamos em Salvador no Bairro da Saúde.Nossa familia era  numerosa (10). Nossa mãe era do lar, não tinha secretária e todos nós estudávamos. Nosso pai era fornecedor da Leste Brasileira e  sempre viajava  por causa do serviço.
Lembro-me que nunca passamos fome, mas também que tudo era muito regrado. Imaginem só que em um café da manhã seria no mínimo 11 ou 12  pães e 12  ovos .
Entretanto nós éramos  felizes  e nesse clima todos conseguiram uma formatura. O Papai tinha o maior orgulho de nos entregar o diploma na solenidade. Ele chamava  de CANUDO.
Claro  que as recordações de nossa infância são muito fortes. Elas  servem para compor a nossa história e sedimentar as  lembranças   de família.
Um cena de fartura que nos impressionava  era quando papai chegava de viagem .Ele vinha no Trem que fazia o trecho Juazeiro - Ba. x Salvador e trazia sacos de estopa  cheios de alimentos.
E entrava  em nossa casa, com a  frase de  sempre - ARREDA POBREZA QUE A RIQUEZA CHEGOU!.
A alegria era  geral.Com certeza por algumas semanas a  mesa seria farta .
Ele passava  esse pensamento de generosidade, de  bonança  deixando suas crias  alimentadas para o estudo e o trabalho.
Obrigada velho e Coronel José Benevides! Valeu meu velho , meu amigo. 

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