1 de maio de 2011

AINDA É TEMPO

A FORÇA DOS APELIDOS.

Morei em uma cidade onde a maioria das pessoas relacionava-se, não pelos seus nomes de batismo, mas pelos apelidos.
Assim, muitos já haviam até esquecido o nome verdadeiro de conterrâneos, pois o hábito de usar os famosos apelidos tornou-se algo natural e diário.
O açougueiro tinha apelido, O padeiro também. O vigário, o professor mais velho, o dono da mercearia, os alunos da escola, e até mesmo o prefeito e alguns vereadores.
Interessante é quando chegava alguém de fora que procurava por alguém cujo nome estava escrito através da  certidão de nascimento, as pessoas diziam não conhecer aquele morador.
Foi então que aconteceu um fato bem pitoresco.
Um determinado comerciante era conhecido por MÃO DE VACA.Ele aceitava o apelido com naturalidade, pois sabia que era mesmo mesquinho e em algumas vezes, miserável.
Nesse dia chegou um viajante procurando por Sr Cícero Almeida da Silva, mas ninguém sabia dizer seu endereço.
Por coincidência o viajante chegou no estabelecimento comercial, o Empório de Nossa Senhora das Dores, e perguntou a um senhor que estava por trás do balcão se ele conhecia Cícero Almeida da Silva, onde prontamente ele respondeu: Sou eu.
O viajante representava uma fábrica de biscoitos e estava fazendo novos clientes e divulgando o produto.
Todos sabiam da existência da Mão de vaca, mas não do Cícero Almeida da Silva.
Os apelidos são muito interessantes e nascem de situações da nossa própria vida.
Começam ainda em nossa infância e nos acompanham por ONDE  ANDAMOS
Se por acaso você tem um apelido, agradeça a Deus, pois é sinal de que você marcou a história de sua vida de alguma forma.
Aos apelidados, não se irritem... Levem na brincadeira... Afinal a vida nem sempre tem quer ser conduzida com tanta seriedade.


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