30 de janeiro de 2012

A SOCIEDADE E  AS NOSSAS DORES!

Nossa  sociedade é capitalista, consumista, oportunista e mais outros “istas”que você queira acrescentar.
Nela valemos pelo que temos e não pelo que somos.
Nela somos lembrados enquanto estamos na ativa e com saúde, produzindo, participando da vida social,  cultural, política, artística e até mesmo religiosa.
Nela vale aquele adágio_ “quem não é visto, não é lembrado” e quem está presente em todos os acontecimentos é mais requisitado e convidado,  sobretudo se detém o poder da  MÍDIA ou  de um microfone.
Tais verdades de certa forma  só são percebidas por nós, quando na pele experimentamos a reclusão por qualquer motivo.
De certa forma os que estão na ativa, na luta pela sobrevivência , participando de projetos,  não têm tempo de visitar enfermos, detestam hospitais  e quase ninguém tem disponibilidade para conversar com idosos, visitar abrigos ou mesmo participar de algum movimento que beneficie  pessoas em tais circunstâncias.
Pior ainda é quando  a depressão chega e a pessoa passa a ser um estorvo para a família , causando preocupações ou exigindo tempo para si. Então é  que percebemos que as pessoas não estão disponíveis nem motivadas.
É muito mais fácil e prazeroso passar uma tarde de sábado numa mesa de bar ouvindo um bom pagode e tomando um geladíssima  cerveja, do que visitar pais idosos, avós , tios ou algum amigo que está enfermo.
É o nosso egoísmo que fala mais alto . É a insensibilidade que carregamos quando estamos com saúde  e com o tempo bem motivado.Naturalmente esquecemos que algum dia , quem sabe, possamos viver tal situação.
Não pense  que estou sendo exagerado ou vivendo alguma crise de pessimismo.Esta é uma verdade profundamente cruel que precisamos pelo menos discutir.
Quantas vezes estamos esbanjando saúde, vitalidade e não valorizamos toda essa energia.
São hábitos  que fragilizam todo o nosso  sistema   e de repente somos forçados a beber cálices amargos.
E vem a pergunta: O que poderíamos fazer para reverter tal situação.
Não creio que  a exclusão  temporária ou mesmo para sempre  tenha remédio. Ela vai sempre existir em algum tempo das nossas vidas.
A única saída é  recebê-la  e aprender a ter paciência.
Inexoravelmente  haveremos de experimentar este exílio , assim como experimentaremos a morte.

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