A SOCIEDADE E AS NOSSAS DORES!
Nossa sociedade é capitalista, consumista, oportunista e mais outros “istas”que você queira acrescentar.
Nela valemos pelo que temos e não pelo que somos.
Nela somos lembrados enquanto estamos na ativa e com saúde, produzindo, participando da vida social, cultural, política, artística e até mesmo religiosa.
Nela vale aquele adágio_ “quem não é visto, não é lembrado” e quem está presente em todos os acontecimentos é mais requisitado e convidado, sobretudo se detém o poder da MÍDIA ou de um microfone.
Tais verdades de certa forma só são percebidas por nós, quando na pele experimentamos a reclusão por qualquer motivo.
De certa forma os que estão na ativa, na luta pela sobrevivência , participando de projetos, não têm tempo de visitar enfermos, detestam hospitais e quase ninguém tem disponibilidade para conversar com idosos, visitar abrigos ou mesmo participar de algum movimento que beneficie pessoas em tais circunstâncias.
Pior ainda é quando a depressão chega e a pessoa passa a ser um estorvo para a família , causando preocupações ou exigindo tempo para si. Então é que percebemos que as pessoas não estão disponíveis nem motivadas.
É muito mais fácil e prazeroso passar uma tarde de sábado numa mesa de bar ouvindo um bom pagode e tomando um geladíssima cerveja, do que visitar pais idosos, avós , tios ou algum amigo que está enfermo.
É o nosso egoísmo que fala mais alto . É a insensibilidade que carregamos quando estamos com saúde e com o tempo bem motivado.Naturalmente esquecemos que algum dia , quem sabe, possamos viver tal situação.
Não pense que estou sendo exagerado ou vivendo alguma crise de pessimismo.Esta é uma verdade profundamente cruel que precisamos pelo menos discutir.
Quantas vezes estamos esbanjando saúde, vitalidade e não valorizamos toda essa energia.
São hábitos que fragilizam todo o nosso sistema e de repente somos forçados a beber cálices amargos.
E vem a pergunta: O que poderíamos fazer para reverter tal situação.
Não creio que a exclusão temporária ou mesmo para sempre tenha remédio. Ela vai sempre existir em algum tempo das nossas vidas.
A única saída é recebê-la e aprender a ter paciência.
Inexoravelmente haveremos de experimentar este exílio , assim como experimentaremos a morte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário