12 de julho de 2012

Blog do Teo


Não se perca durante a caminhada.

"Há caminho que ao homem parece ser bom, mas ao final conduz à morte." Pv 14.12


É na caminhada e durante a trajetória que nos descobrimos e revelamos. Primeiro para nós mesmos e depois ao mundo. No entanto, precisamos tomar muito cuidado para que nessa caminhada não percamos a nossa identidade pessoal pelo processo de identificação e/ou "aculturação" com outros seres, estilos de vida e valores. 

A troca e a interatividade são inevitáveis e eu diria até mesmo necessárias na vida. Muitos acreditam e por isso advogam que "de tais trocas resultaria o crescimento pessoal e amadurecimento do caráter." Em parte sim, talvez. Mas, no geral, quando isso implica perda da identidade pessoal, que se revela na identificação pessoal que cada ser carrega dentro de si, qual identidade impressa n'alma, aí eu discordo, respeitosamente.

Muitas são as pessoas que ao se ver em ambientes diferentes e/ou cercadas por pessoas, circunstâncias dissonantes e divergentes da sua visão de mundo ou estilo de vida, ao invés de se autoafirmarem e mostrarem que possuem personalidade formada, sabem quem são e o que querem na vida, ao invés disso se deixam influenciar, quando não manipular, e acabam por mudar o seu "modus vivendi", bem como seu "modus pensandi" tão somente para serem bem vistas, aceitas e bem tratadas no meio em que habitam, trabalham ou com o qual interagem por algum motivo ou interesse particular. Qual rã na panela que acaba sendo cozida aos poucos em fogo brando, tais pessoas acabam por se "aculturar" lentamente ao sistema e/ou estilo de vida que nunca foi seu corrompendo a própria alma e traindo o próprio ser. Aí, num belo dia, quando despertam dessa trágica enganação de si mesmas, muitas destas pessoas já não mais possuem forças para reagir, resistir, lutar ou fugir de tal situação. Foram cooptadas pela falta de vigilância na guarda do que há de mais precioso no ser: A sua própria essência.

Penso que permanecer sendo o que somos, em essência e mudando apenas naquilo que nos faz mal, amarra, limita ou prejudica o crescimento, é fundamental para não nos perdermos de nós mesmos e assim nos tornarmos um arremedo do ser humano que já fomos um dia. Corta-se e podá-se as árvores, mas quando se mantém as raízes elas se renovam com força, pujança, frutificação e beleza. Mude! Mas, não tanto ao ponto de corromper a essência de seu próprio ser. Pensemos nisso. Shalom!
  

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