Olá! Bom dia! Um abraço apertado, sorriso dobrado e um amor sem fim.
Sexta- feira 27 de julho.. ainda as chuvas não voltaram.Estamos com saudades do cheiro de terra comburida, de mato molhado. de sapo cantando na lagoa,dos insetos brincando ao redor das luzes. Saudade do canto do riacho, de pés cheios de lama e de um novo tempo explodindo sobre a terra.
Entristeço-me olhando a caatinga esquelética de braços erguidos pedindo socorro.
O quadro é desolador .O animais morrendo as carcaças aumentando e a eles reservada a morte de fome e sede.
Os pássaros procuram a sombra para fazer seus ninhos, mas não existe lugar. As folhas caíram mostrando o mais cruel outono onde não há frutos.Desesperados migram para a cidade e as residências e lá são presos como assassinos em gaiolas . Nem cantam , nem voam .Sobrevivem pelo alimento,mas perderam a liberdade.Entretanto as palavras do Mestre ecoam: Olhai os lírios do campo e as aves no céu!
Os micos, pequenos macaquinhos sobreviventes de nosso sertão,buscam alimentar-se nas casas.São os mendigos da seca que invadem mesas alimentado -se fartamente.
Não vamos perder a esperança.As chuvas vão voltar ao nosso sertão.Que o diga aqueles que já passaram por aqui , vaqueiros, Luis Gonzaga,criadores e homens sertanejos que entendiam os sinais ,e sabiam fazer a leitura do tempo preparando-se para as chuvas que estavam chegando.
Meu desabafo nesta manhã de desejo e ansiedade pela terra molhada.
Que você possa construir uma sexta feira das melhores em suas vida. Um beijo no coração.
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