É difícil em meio a tanta agitação encontrar a calma, serenizar-se, abraçar a paz.
A noite chega e a loucura do trânsito congestiona nossos sistemas vitais.A noite chega e o corpo pede descanso.
Em casa calor, conflitos.Na rua barulho ,barulho, calor também.
Fomos nós que construímos este modelo de vida.Para ter um pouco de serenidade o custo é alto: ar- condicionado, uma boa música, um bom filme,a certeza de que tudo correu bem durante o dia e também a amizade da família.Saúde e paz.
Poucos conseguem isso! A multidão vive o outro lado da carência e da agonia de viver.
Consegui aprender a cultivar diariamente o direito a paz.Viver no interior. Silêncio.Não quero nem TV , nem som algum. Preciso encontrar-me e avaliar qual o meu proceder no dia de hoje. Quero ouvir a voz da minha consciência e ter material para amanhã errar menos.
Viver no interior é gratificante. O por do sol traz a sua melancolia.É o dia morrendo para despertar mais belo.O calor é intenso e eu sofro com a agonia dos animais.Todos estão inquietos.Agressivos.A água sai aquecida das torneiras .Os ninhos estão cheio de filhotes. Alguns caem e tentamos devolver ao seus bercinhos.
E a esperança da chuva continua viva em mim. Eu sei que algum dia não distante, vai ter cheiro de terra comburida e a natureza vai amanhecer em festa.Deus não nos desamparou nunca, nem aos nossos antepassados e nem a nós, mesmo sendo gerações perversas e descrentes.
Você também pode encontrar a paz em meio a tanta confusão. Busque um lugar onde tenha verde, oxigênio, vento, água .Feche os olhos e faça exercício de respiração.A beira do rio é um lugar ideal.
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