Talvez nunca tenhamos parado para saber o que representa para nós individuo cada momento da existência. Possivelmente também nunca tenhamos procurado mensurar o que fizemos e fazemos dos nossos momentos e quais os ganhos e perdas que tivemos. Inegável a efemeridade dele. Inegável também a sua edição única em cada dia. Vivemos por viver sem que valorizemos nossos momentos sobretudo quando eles são prazerosos. E este prazer que é bem relativo e apoia-se na maneira de existir de cada pessoa. Tive uma amiga que gostava de viver diferente de muitas pessoas. Quando não estava a fim de trabalhar, saia sem destino. Fazia tudo que era diferente de sua rotina. Andava de barca, comia no mercado, sentava nas mesas dos bares para tomar uma cerveja, passava nas igrejas, sozinha. Ao findar o dia sentia um prazer inusitado. Afinal, quebrar rotina e paradigmas é atitude para poucas pessoas. Cada momento tem valor inestimável. Mas é preciso que acreditemos nessa importância e pela sua efemeridade busquemos ser mais vigilantes. Quantas pessoas se perdem em questiúnculas, desarmonizando-se por desconfianças ou por causa de sentimentos de egoísmo. Quantas famílias se desintegram por causa de herança e passam a viver um verdadeiro caos. Os laços são rompidos e os momentos que poderiam ser desfrutados juntos terminam morrendo.
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