13 de agosto de 2011

FÁBULAS

Um grupo de caçadores percorria o bosque  atrás de uma boa caça, e a lebre tremia, no fundo de sua toca , pelo triste destino que imaginava  que a sorte havia reservado para ela: A morte, é claro".
- Como sou medrosa, como sou desgraçada- lamentava a coitada, em voz baixa,-
" Medroso como uma lebre ". Não é assim que os homens se referem aos maiores covardes da face da terra?
-Tento me conter , mas não consigo- A lebre se acusava -Qualquer barulhinho me faz  fugir e a comida não desce, atravessada. Á noite, não durmo, até o grito da inofensiva coruja me põe apavorada .
Os caçadores  haviam se distanciado, mas a lebre não tinha forças para sair da toca. O Bosque ficou silencioso. Depois de dois dias de jejum , apertou a fome , e a medrosa finalmente buscou a luz do sol.
A lebre encontrou uma campina com grama fresquinha e começava  a banquetear-se , quando ouviu um leve murmúrio às suas costas. Morta de medo , ela se lançou num fosso lamacento para se esconder.
As rãs , que viviam nas margens do fosso, e que até pouco cantavam, ao verem aquele animal tão grande cair no meio delas , coaxaram de terror e afundaram o mais que puderam sumindo dali, num instante.
A lebre levantou-se e olhou a redor, espantada.
-Como é possível que eu a criatura mais medrosa que existe no mundo,possa amedrontar alguém?
 E saiu do fosso confiante, feliz com a descoberta.
Moral da História:
" Todo mundo tem defeitos. Os nossos não são piores que os dos outros."

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